O governador afastado por corrupção, Mauro Carlesse, que já tem pedido de prisão solicitado pela Polícia Federal, diante da gravidade dos atos de corrupção cometidos por ele, seu sobrinho Claudinei Aparecido Quaresemin e outros membros de seu governo, e das provas já recolhidas, pode estar com seus dias de liberdade contados.
A vasta documentação, provas obtidas e depoimentos colhidos pela Polícia Federal, não deixam dúvidas dos crimes cometidos pelo governador afastado Mauro Carlesse, até os próprios Ministros do STJ ficaram impressionados com a quantidade de crimes cometidos e a vastidão da materialidade de provas obtidas pela Policia Federal, além do aparelhamento do governo do Estado do Tocantins por pessoas ligadas diretamente a Mauro Carlesse e suas empresas, além de parentes que comandavam esta grande organização criminosa.
Mauro Carlesse e seus comparsas, extorquiram empresas, obstruíram a justiça com o afastamento e remoção de delegados, perseguiu adversários usando a maquina pública, funcionários públicos e recursos do Estado do Tocantins com o objetivo de extorquir, perseguir e destruir empresas e adversários que estivessem em seu caminho.
O médico que denunciou o esquema de corrupção Dr. Luciano de Castro Teixeira, que levou ao afastamento de Mauro Carlesse, foi duramente perseguido pelo governador. Foi montada uma reunião entre o subsecretario de Administração e diretor do Plan-Saúde Inejain Siqueira de Brito além de outros funcionários do governo do Tocantins, junto a sócios e membros da UTI intensicare, forçando o Médico Dr. Luciano e os sócios do Hospital Oswaldo Cruz a fazer uma retratação pública desmentindo e declarando a justiça que as denuncias eram falsas, ademais que o Hospital Oswaldo Cruz deveria expulsar o médico desta instituição, e o mesmo deveria deixar o estado do Tocantins, como única forma de que Mauro Carlesse deixaria pagar o que o estado devia a este Hospital.
Diversos processos e denuncias caluniosas foram abertos contra Dr. Luciano, lhe imputando até mesmo crime contra a vida, já devidamente comprovados falsos, até mesmo já desmentidos durante os processos pelos mesmos que o acusaram, alguns até com retratação.
Vários membros do primeiro e segundo escalão do governo de Mauro Carlesse segundo investigações e denuncias, são testas de ferro em suas empresas.
O governador do Tocantins usou a máquina pública para descobrir uma suposta traição da mulher
- A PF apurou que Mauro Carlesse usava o aparato estatal para investigar e perseguir adversários
- Ele foi afastado do cargo após ter sido apontado como chefe de quadrilha que desviou R$ 44 milhões
Governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) usou a máquina pública para descobrir uma suposta traição da primeira-dama, Fernanda Mendonça. Segundo reportagem da revista Veja, a Polícia Federal apurou que o político utilizava aparato estatal para investigar e perseguir adversários.
Carlesse foi afastado do cargo no mês passado, por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), apontado como chefe de uma quadrilha que desviou R$ 44 milhões dos cofres do estado. De acordo com a Veja, foram colhidos indícios de que o governador estava por trás de uma investigação ilegal que foi feita contra o deputado federal Vicentinho Júnior (PL-TO), que teve os telefones interceptados clandestinamente e as informações colhidas foram parar em um dossiê apócrifo.
Mauro Carlesse, segundo a Veja, colocou a polícia no rastro de um caso de traição envolvendo sua mulher, Fernanda Carlesse, de 35 anos. Em junho de 2020, o promotor de eventos de rodeio Ernandes Araújo procurou a PF para pedir ajuda. Ele havia passado onze dias na cadeia, acusado de uso e tráfico de drogas, mas alegou ter sido vítima de um flagrante forjado. Agentes sem mandado judicial e supostamente investigando uma denúncia anônima invadiram a casa dele e encontraram pacotes de cocaína escondidos. Ernandes foi algemado e preso em flagrante.
Dias antes da operação policial, o promoter tinha sido apontado como autor de um vídeo postado na internet que revelava um caso amoroso entre a primeira-dama e o vaqueiro Welisson Barbosa de Souza. O vídeo mostrava fotos íntimas de Fernanda e cópias de mensagens que ela trocou com o suposto amante por meio de um aplicativo. Na agenda de contatos da primeira-dama, Welisson era identificado como “Natália”.
A Polícia Federal recuperou imagens de câmeras de segurança que mostravam um carro a serviço do Departamento de Inteligência da polícia do Tocantins parado nas proximidades da casa de Ernandes às vésperas do flagrante, e colheu provas de que a casa do promoter foi invadida no mesmo dia, para “plantar” a droga. A PF comprovou que Ernandes estava dizendo a verdade e apontou o governador como o mentor da trama.
“Fiquei na prisão e estou pagando por isso até hoje, psicologicamente e também na minha vida profissional. Não consigo arrumar um emprego, já que na minha ficha consta esse flagrante forjado”, disse Ernandes à revista Veja.
Mauro Carlesse, de 61 anos, elegeu-se deputado estadual em 2014. Quatro anos depois, quando ocupava a presidência da Assembleia Legislativa, assumiu interinamente o governo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter cassado o então governador, Marcelo Miranda. Em 2018, disputou o governo e foi eleito no primeiro turno. Afastado por 180 dias, ele continua com Fernanda, mas o casal mora em casas separadas.
Mauro Carlesse firmou um acordo com a ex-mulher pelo qual se comprometeu a repassar a ela R$ 30 milhões em imóveis. Ou seja, o governador interino jamais poderia declarar R$ 2,9 milhões em posses.
Carlesse chegou em Tocantins por volta de 2006 para escapar de processos que respondia na região de Barueri e Osasco, na Grande São Paulo, onde operava na venda de solventes misturados à gasolina, por meio de empresas como a Carlesse Tintas e Vernizes e a Elffi Química Ltda, hoje em nome do laranja Jefferson Luiz Pastrello. Acumulou riqueza com o negócio, mas por estar no radar da polícia paulista precisou mudar de estado. Até o número do CPF foi alterado. Ao desembarcar em Tocantins, investiu em fazendas, 14 delas hoje em nome de testas de ferro.
De acordo com informações extraoficiais, uma declaração de um aliado de Mauro Carlesse, dada para um site de notícias regional, o Mauro Carlesse e seu sobrinho Claudinel Quaresmin, então Secretário de Parcerias e Investimentos, também afastado pelo STJ do cargo e também proibido de adentrar nas instituições públicas, estariam acusando alguns deputados estaduais como forma de ameaça e de impedir a sua cassação de seu mandato. Carlesse e seu sobrinho acusam estes deputados de receberem uma mesada mensal que intitulada de “mensalinho” no valor de R$ 30 mil reais, variando pela função desempenhada na mesa da Casa Legislativa, valor esse que segundo informações dos bastidores da ALETO pode chegar há mais de R$ 30 mil.
Conforme informações de bastidores, Mauro Carlesse já estaria na missão de provar na justiça a acusação que está sendo feita àqueles deputados estaduais. E ainda, poderá se complicar ainda mais com a justiça, já que configura auto declaração de crime de corrupção ativa, prevista no art. 333 do Código Penal – CP, oferecimento de alguma forma de compensação (dinheiro ou bens) para que o agente público faça algo que, dentro de suas funções, não deveria fazer ou deixe de fazer.
Pelo até agora apurado, o único caminho provável de Mauro Carlesse é a prisão, por ter transformado o Estado do Tocantins em uma espécie de Cosa Nostra.
https://globoplay.globo.com/v/9998548/
https://www.youtube.com/watch?v=o60WH0H19sM
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