MERCADO IMOBILIÁRIO A BEIRA DE UM ABISMO

Com a queda no segundo trimestre de 9,7% na economia brasileira e de pelo menos 15% na economia mundial, o Brasil entra oficialmente em recessão como o resto do mundo, sendo que o patamar da economia brasileira volta a valores de 2009, produzindo assim uma perda de liquidez de todos os mercados, fazendo com que bilhões de dólares desapareçam do mercado, atrelado ao aumento do dólar, que faz com que as dividas de empresas com o exterior e a importação de produtos se tornem mais caros.

Ao voltar os valores da economia 11 anos atras e com o maior desemprego mundial registrado desde a crise de 1929, o dinheiro circulante deve cair nesta mesma proporção, associado as incertezas que o coronavírus produz nos mercados financeiros a longo prazo, faz com que ter seu dinheiro preso a algum ativo ou imóvel, seja um risco difícil de mensurar, pois as quedas nos preços dos imoveis será grande a partir de fevereiro, quando as reservas financeiras e os mecanismos de compensação econômica estejam esgotados.

De forma geral, todos sempre tem alguma reserva financeira, ou algum bem que possa ser vendido e transformado em algum dinheiro, imoveis carros e joias nas classes mais abastadas, e motos objetos do lar e as vezes até utensílios de trabalho nas classes mais baixas, sendo que esta ultima foi favorecida com a ajuda financeira do governo federal que prolongou as reservas financeiras deste grupo artificialmente através dos 600,00 reais da ajuda dada aos grupos mais vulneráveis, mas que a partir do próximo mês reduzirá a metade e desaparecerá em janeiro, sendo que ao fim de fevereiro começará os reais efeitos desta crise financeira, que se prolongará por pelo menos 1 ano mais e afetará radicalmente o mercado imobiliário tendo em vista que muitas famílias que perderam seus empregos perderão a capacidade de seguir pagando aluguel, alem de que muitas empresas fecharam suas portas criando um grande vazio comercial em todo o país com milhares de imoveis desocupados, movimento este que se intensificará.

Associado ao já anteriormente mencionado, os bens imoveis, produzem uma imobilização financeira de difícil movimentação, pois devido a valores elevados e uma queda expressiva na procura, torna-se mais difícil transforma-lo em dinheiro, e com o excedente que aparecerá no mercado, em parte também pelas inúmeras morte produzidas que inundará o mercado com espólios de inventários que ainda estão em avaliação judicial, e levam tempo para estarem disponíveis para venda por seus beneficiários, que são muitos em consequência desta pandemia, veremos a partir do ano que vem o mercado se inundar de imoveis a venda em uma economia mundial cambaleante.

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